O EVANGELHO PARA O POVO SERTANEJO

Teoria e Prática: Assim é dividida a Escola de Missões do Sertão. A parte teórica é onde passamos através das palestras com missionários, pastores e líderes capacitados, que já tem experiências com missões, treinamentos, estratégias, visão e consciência missionária. Já a parte prática consiste em levarmos os alunos a terem contato direto com o campo missionário e suas necessidades, com o povo que vive ali, com as suas lutas diárias, com as suas dores e dilemas, com as diferenças culturais e religiosas, com a culinária e também a escassez, pois não são poucos os casos onde nos deparamos com pessoas que não tem um quilo de feijão para o almoço. São pessoas necessitadas acima de tudo da mensagem redentora do Evangelho que só a Igreja do Senhor Jesus é portadora.

Acreditamos que o evangelismo desenvolvido pela Escola é uma excelente oportunidade para muitos alunos que nunca tiveram uma experiência evangelística, que nunca estiveram em um ambiente completamente diferente do seu, num contexto social cujo abismo é profundo e quase impossível de ser ultrapassado. Por isso a Escola de Missões do Sertão oferece este momento de sentir o cheiro de gente, de tocar e abraçar o povo sertanejo, o povo da zona rural, pois sabe da importância e do que representa a pergunta: HÁ UM CLAMOR NO SERTÃO: QUEM ME VALERÁ?

Nesta edição da Escola de Missões do Sertão não foi diferente. Levamos todos os alunos voluntários para terem a parte prática de evangelismo. As ações foram realizadas tanto na zona urbana quanto na zona rural, onde foram feitos contatos de porta a porta, buscando levar a mensagem do evangelho ao maior número de pessoas possíveis nessas duas áreas.

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ESCOLA DE MISSÕES DO SERTÃO – JANEIRO 2022

Junte-se a nós na Missão de Alcançar o Povo Sertanejo com as Boas Novas do Evangelho de Jesus!!!

Pr. Silvany Luiz

MISSÕES E A PÓS-VERDADE

Recentemente, ao ler um texto nas mídias sociais, deparei-me com uma expressão, que confesso não havia ainda ouvido e lido em lugar nenhum. A expressão é a “pós-verdade”. Logo me veio à mente então a imperiosa necessidade de pesquisar mais a fundo o seu significado e em quais campos do conhecimento ela está inserida e divulgada.

Fiquei surpreso ao saber que desde o ano de 1992, essa palavra já era citada em vários ambientes. Ela foi cunhada pelo dramaturgo sérvio americano Steve Tesich e desde então tem sido usada em larga escala, principalmente no meio político.

Confesso que no meio religioso não tenho escutado essa palavra, talvez porque preferimos o vocábulo “mentira”, ou porque decidimos escondê-la sob o manto da “pseudo verdade” o que facilitaria a sua propagação sem a necessidade de dar explicações sobre esse neologismo tão devastador em nossos dias.

Mas o que exatamente significa “pós-verdade”? Em rápidas palavras, pode-se dizer que “pós-verdade” é uma palavra que diz respeito as circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos importância do que crenças pessoais.

Dito de outra maneira, pode-se afirmar que é a ideia de que “o que aparenta ser verdade é mais importante que a própria verdade”. Talvez possamos dizer como alguns autores, que a “pós-verdade é simplesmente mentira, fraude ou falsidade encobertas com o termo politicamente correto da atualidade”.

A “pós-verdade” tem um espectro muito abrangente. Ela tem a capacidade de fazer com que as pessoas não acreditem mais em nada até a utilização de técnicas sensacionalistas capazes de fazer com que se acredite em tudo.

Acredito que a essa altura do texto, muitos estejam perguntando o que isso tem a ver com missões. Eu digo que tudo tem a ver com missões, e explico.

Quando analisamos biblicamente o termo “pós-verdade” e o comparamos com tudo o que tem acontecido no meio da igreja, vamos chegar à conclusão de que nada mais é do que a “velha mentira” do diabo. Ele é “expert” em mudar a fachada e deixar o que tem por dentro do mesmo jeito.

O texto de João 8:44 nos diz que o diabo, o nosso adversário, portanto, adversário da igreja de Jesus, é homicida desde o princípio, jamais se firmou na verdade,  fala mentiras por que lhe é peculiar e acima de tudo é o “pai da mentira”.

No texto grego, a palavra mentira significa entre outras coisas “tudo que não parece ser”. O que poderíamos chamar hoje em termos mais atuais de “pós-verdade”. Isso não significa que o termo mentira ou a sua prática acabou; muito pelo contrário. Mas torna-se muito mais acalentador para a alma dizer uma “pós-verdade” do que uma mentira.

Por isso quando olhamos para o texto de Gênesis 3:1,4 e vemos a serpente, o diabo, dizendo à mulher: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” e afirmando: “É certo que não morrereis”; ele estava usando a mentira, a falsidade, o engano ou se quisermos ser atuais, a “pós-verdade”.

O diabo foi então o criador da primeira “fake News” da história da humanidade e assim tem sido até os dias de hoje, levando muitos a proliferar a mesma ideia (1 TM.4:1,2). Muitos estão sendo parceiros e co-partícipes do diabo com essa “pós verdade”.

E quando falo de muitos, a igreja está incluída nesse processo de disseminação. Hoje são muitos achismos e conceitos disseminados no seio da igreja que nada tem a ver com a verdade de Deus. Conceitos esses que tem levado a igreja a se distanciar cada vez em maior intensidade da missão que recebeu de Jesus Cristo.

São muitas “pós-verdades” que tem sido engolidas pelo povo de Deus, até como certa “overdose”, ao ponto de matar na mente e no coração essa verdade de Deus de que temos uma missão urgente a cumprir que é pregar o Evangelho salvador do Senhor Jesus Cristo. Somos cooperadores na consecução dessa missão que nos foi outorgada pelo próprio Cristo.

Apenas para se ter uma ideia de como a “pós-verdade” é realmente enganosa, temos um conceito vigente na igreja, de que “eu tenho o direito de ser feliz”. Isso é muito lindo, mas não é verdade. A nossa felicidade está em agradar a Deus que nos salvou, em satisfazer a glória de Deus; e a glória de Deus está em que todos cheguem ao arrependimento (2 Pe.3:9). E isso tem a ver com a missão de Deus para nós, a igreja.

Abro um parêntese para sugerir a leitura do livro “até que nada mais importe” do Pastor Luciano Subirá, para aqueles que por ventura achem que Deus é egoísta.

Mais um exemplo de como a “pós-verdade” nos ilude, está na ideia do “hedonismo desenfreado” que a igreja vive nos dias de hoje. Com esse termo eu quero dizer que quanto mais eu busco o prazer e a satisfação pessoal; quanto mais eu me acho merecedor de “curtir a vida”; quanto mais tempo eu dedico à “cultura do corpo, da beleza, do estético”, menos tempo, menos anelo e menos prazer eu tenho em Deus e menos eu me preocupo e me interesso pela ordem de Jesus: Indo, façam discípulos.

Essa é uma relação diametralmente oposta. Por mais que justifiquemos ou relativizemos as respostas, a verdade é uma só: quanto mais temos de Deus em nós, menos temos de nós mesmos. Precisamos incorporar diuturnamente a verdade de Deus e das Escrituras Sagradas em nossas vidas a fim de aniquilar as “pós-verdades” de nós mesmos. Como falo em algumas mensagens: “Não existe plano B”. Existe apenas o “plano A” que é a igreja, como responsável por levar Jesus a todas as nações, povos e línguas. Esse é o mandamento, esse é o privilégio, essa é a missão, essa é a verdade.

Termino com o texto de Apocalipse 7:9,10, onde o apóstolo João afirma que viu uma grande multidão de todas as tribos, nações, povos e línguas, em pé diante do Cordeiro, cantando e exaltando a Deus e a seu filho Jesus Cristo. Costumo dizer que esse é o final do filme. Já conhecemos como será. A questão é saber se eu e você, se a igreja, seja da cidade ou do sertão irá participar desse enredo. Se você disser sim para a missão de Deus, a “verdade verdadeira” libertará a muitos. A

Deus toda a glória!

Francisco Pereira, Pr.
Bacharel em Teologia e Missiologia
Coronel RR do Corpo de Bombeiros
Docente Nacional e Representante do HAGAI em Pernambuco.

INDO AO SERTÃO

Programa de Proclamação do Evangelho

Indo ao Sertão falar de Cristo
Que coisa boa é falar do seu amor …
Indo ao Sertão ser submisso
A uma ordem dada por nosso Senhor …

Esse trecho de uma música de minha autoria expressa bem o que realizamos em mais uma edição do programa INDO AO SERTÃO que é desenvolvido pela Missão Alcançando o Sertão. Desta vez mobilizamos um grupo da Igreja Batista da cidade de Santana do Seridó localizada no Sertão do Rio Grande do Norte.
Na oportunidade, estivemos alcançando as Comunidades da Zona Rural conhecidas por Verde e São Bento no município de Santana do Seridó, já na divisa com o Estado da Paraíba. Realizamos evangelismo de casa em casa, orações pelas famílias sertanejas que ali residem, louvores nos alpendres das casas com músicas contextualizadas. Dividimos as equipes para que assim a nossa ação fosse a mais proveitosa possível, pois Há um Clamor no Sertão: Quem me Valerá?
A Zona Rural do Sertão Nordestino é um grande desafio, por isso temos investido o nosso tempo, talentos, recursos e amor em prol desse povo que precisa urgentemente ouvir que existe esperança em Jesus Cristo.

Pr. Silvany Luiz

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