A ESPERANÇA QUE RENOVA O CORAÇÃO
“Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!” (Jó 3:3)
Desde a queda no Jardim do Éden, o sofrimento tornou-se uma realidade intrínseca à condição humana. Como uma sombra que nos acompanha, ele se manifesta de múltiplas formas: na dor da alma, no desgaste do corpo, nas incertezas do coração e nas crises existenciais que nos assolam. Não há quem escape dele. O sofrimento não faz distinção de classe social, credo, tempo ou lugar. Ele é universal, e sua presença muitas vezes nos faz questionar o sentido da vida e a bondade de Deus.
A história de Jó é um retrato vívido desse drama. Em um instante, ele viu sua vida desmoronar: perdeu bens, familiares, saúde e até o apoio de seus amigos. Seu sofrimento foi tão intenso que ele desejou nunca ter nascido, amaldiçoando o dia de sua concepção. Quantas vezes, em meio às nossas próprias lutas, não nos identificamos com Jó? Quantas vezes o peso da dor nos faz questionar se há algum propósito por trás do que vivemos?
No entanto, a visão de Deus sobre o sofrimento é radicalmente diferente da nossa. Enquanto nós o enxergamos como um inimigo a ser derrotado, Deus o vê como um instrumento de transformação. Pode ser um processo de refinamento, um chamado ao arrependimento, uma oportunidade de crescimento ou até mesmo um meio de glorificar Seu nome. O sofrimento, em Suas mãos, não é um fim em si mesmo, mas um caminho que nos conduz a uma dependência mais profunda dEle.
É verdade que, em nossa humanidade, tendemos a rejeitar a dor. Queremos evitá-la, superá-la ou eliminá-la o mais rápido possível. Mas o próprio Deus, em Sua infinita sabedoria, escolheu experimentar o sofrimento na pessoa de Jesus Cristo. Como profetizado por Isaías, Ele foi “desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores e que sabe o que é padecer” (Isaías 53:3). Na cruz do Calvário, Jesus carregou sobre Si o peso do nosso pecado, enfrentando a dor mais profunda que alguém poderia suportar. Ele não apenas entende o nosso sofrimento, mas o redime.
A cruz nos revela que o sofrimento não é o fim da história. Em Cristo, ele ganha um novo significado. A dor que antes parecia absurda e sem sentido transforma-se em um canal de esperança e salvação. Jesus, o Homem de dores, nos convida a enxergar além das circunstâncias, a encontrar luz mesmo nas noites mais escuras. Ele nos mostra que, por meio dEle, podemos celebrar a vida como um dom precioso de Deus, mesmo em meio às tribulações.
O nascimento de Jesus foi a Boa Notícia que mudou o curso da história. Ele escolheu entrar no nosso mundo de forma humilde: concebido no ventre de uma mulher, nascido em um estábulo, sujeito às mesmas fragilidades que nós. Sua vida, morte e ressurreição nos garantem que o sofrimento não tem a palavra final. Ele nos oferece a certeza de que, em Sua companhia, podemos transformar nossas dores em testemunhos, nossas lágrimas em sementes de esperança e nossas lutas em oportunidades para glorificar a Deus.
Como escreveu o apóstolo Paulo: “Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Romanos 8:18). Em Cristo, o sofrimento não é um peso insuportável, mas um degrau que nos leva à eternidade. Ele nos ensina que, mesmo nas tempestades, podemos confiar no propósito divino e descansar na promessa de que um dia toda lágrima será enxugada.
Que possamos, assim como Jó, encontrar em Deus a força para perseverar e a sabedoria para enxergar Sua mão em todas as coisas. E que, em meio às nossas dores, possamos proclamar com fé: “A bênção do Senhor seja convosco; nós vos abençoamos em o nome do Senhor!”
A bênção do Senhor seja convosco; nós vos abençoamos em o nome do Senhor!
Silvany Luiz, Pr.
Sexta-feira, 13 de novembro de 2020
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Amém!
Amém pastor Silvany
Maravilhosa Palavra!! Explicada de maneira simples. Bem compreensivo!! As aflições nos moldam. Deus permite as provações, mas dá o escape com misericórdia!! Sendo assim, ficamos com um caráter moldado, pronto pra ser usado!! Glória a Deus!! Bela mensagem pastor Silvany.