QUANDO A ESPERANÇA AMANHECE

“Ainda que ele cause tristeza, mostrará compaixão, tão grande é o seu amor infalível. Pois não é do seu agrado afligir nem entristecer os filhos dos homens.”
Lamentações 3.19-33

Há dias em que a alma se sente como terra ressequida, assolada por ventos áridos de provações. Nesses momentos, quando o coração se curva sob o peso da dor, é fácil acreditar que o amanhecer nunca virá. Foi assim com o profeta Jeremias: a tristeza era espessa como neblina densa, mas, mesmo em meio às lágrimas, ele reencontrou a luz da esperança.

Em nossas jornadas, tempestades nos alcançam. Situações que ferem o corpo, confundem a mente e dilaceram a alma surgem inesperadamente. E ainda assim… não desfalecemos. Por quê? Porque não caminhamos sozinhos. Conosco está o Senhor — aquele que não apenas nos assiste, mas que luta ao nosso lado e por nós. É Ele quem transforma o vale sombrio em campo de vitória.

O sofrimento, por mais indesejado, pode ser um mestre. Ele nos ensina a resistir, a depender mais e mais de Deus e a provar, até a última gota, que a fé não é para os dias fáceis, mas para os tempos difíceis. Encarar a dor não como inimiga, mas como lapidadora, é permitir que a graça floresça mesmo em solo de aflição.

A esperança que brota do Senhor não permite que a murmuração se torne morada. Ela nos chama a silenciar diante Dele, não em resignação vazia, mas em confiança serena. Sabemos em quem temos crido — e Ele é fiel. Suas misericórdias se renovam como o sol que, sem falhar, rompe as trevas todas as manhãs.

Portanto, se hoje você se vê cercado pela dor, lembre-se: a compaixão do Senhor é maior. Ele não se alegra em ver seus filhos caídos. Ele nos levanta, fortalece e guia até o fim. Espere n’Ele em silêncio. A noite pode ser longa, mas a esperança… sempre amanhece.

Silvany Luiz

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