A ORAÇÃO: A PONTE ENTRE O DESESPERO E A ESPERANÇA
*”Ao Senhor clamei na minha angústia, e Ele me ouviu”*
Salmo 120.1
No silêncio da noite mais escura, quando o peso da vida parece insuportável e a alma se curva sob o fardo das incertezas, há um caminho invisível que liga o vale da dor ao monte da esperança. Essa ponte, construída não por mãos humanas, mas pela graça divina, tem um nome: oração.
A oração é o fio que nos ancora ao céu quando os ventos do desespero tentam nos lançar ao abismo. É o sussurro do coração aflito que encontra eco no trono de Deus. Quando as lágrimas são nossa única linguagem e os soluços traduzem aquilo que as palavras não conseguem expressar, o Espírito Santo transforma nosso pranto em súplica e nossa angústia em intercessão.
O desespero nos aprisiona, nos faz reféns de nossos medos e limitações. Mas a oração rasga as correntes do impossível e nos conduz a um horizonte novo, onde a esperança resplandece como o sol depois de uma longa tempestade. Davi, nos seus momentos mais sombrios, clamou: *”Ao Senhor clamei na minha angústia, e Ele me ouviu”* (Salmo 120.1). Seu clamor não encontrou um céu fechado, mas um Deus atento, que transforma lamento em animo e veste de alegria aqueles que se entregam a Ele.
Quando Pedro afundava no mar revolto, bastou um grito: *”Senhor, salva-me!”* (Mateus 14.30). E Jesus, sem hesitar, estendeu a mão. Não foi um discurso elaborado, mas um clamor sincero. Assim também acontece conosco. A oração não precisa de formalidades, precisa de coração. Não exige eloquência, exige fé.
*A esperança nasce onde a oração persevera. Quando nos ajoelhamos, não nos rendemos à derrota, mas à soberania de Deus*. E então, algo extraordinário acontece: *o desespero perde sua força, e a esperança se torna uma certeza*. Porque quem ora não está sozinho; quem ora caminha sobre a ponte que conduz ao Deus que nunca falha.
Se hoje o desespero tentar assaltar sua alma, lembre-se: *há uma ponte. Caminhe sobre ela. Ore.* Deus está ouvindo.
Silvany Luiz