A ESPERANÇA – A ÂNCORA DA ALMA
“Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos”
Tito 1:2
A esperança cristã não é um mero desejo vago, uma ilusão passageira que se dissipa ao sopro dos ventos da adversidade. Antes, é uma certeza luminosa, firmada na Rocha eterna, sustentada pelas promessas imutáveis de Deus. Não está ancorada na fragilidade dos homens, mas na fidelidade daquele que não pode mentir.
Desde os tempos eternos, essa esperança foi selada pelo próprio Criador: “Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tito 1:2). Que segurança há nesta promessa! Nela, não há sombra de dúvida, mas a certeza de que nossa jornada terrena está direcionada para um destino glorioso.
Fomos salvos na esperança (Romanos 8:24). A redenção não apenas nos livra do passado, mas também nos conduz para um futuro que transborda em glória. Nossos olhos não estão presos ao que é passageiro, mas ao que é eterno. Em Cristo, a esperança não é um conceito abstrato, mas uma realidade viva que nos impulsiona, que nos fortalece, que nos mantém de pé.
Mesmo em tempos de dor e sofrimento, a esperança é o farol que guia a alma na tempestade. Jeremias, em meio à desolação, encontrou força ao trazer à memória aquilo que lhe poderia dar esperança (Lamentações 3:21). Assim também devemos fazer. Quando as nuvens escuras do desespero tentarem obscurecer nossa visão, que possamos lembrar das verdades eternas que sustentam nossa fé.
Essa esperança não é frágil, não é inconstante. Ela é uma âncora segura e firme para a alma (Hebreus 6:18-19). Em meio às marés revoltas da vida, quando tudo parece oscilar, quando as circunstâncias insistem em nos fazer duvidar, nossa esperança nos mantém enraizados. Ela está presa em algo maior do que nós: está firmada na promessa do Deus eterno.
E se há algo que pode ser considerado o auge dessa esperança, é a certeza da vida eterna. “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os demais, que não têm esperança” (1 Tessalonicenses 4:13-14,18). Para aqueles que estão em Cristo, a morte não é um fim, mas um recomeço. A cruz abriu caminho para a ressurreição; a sepultura não pode conter a promessa; a eternidade nos aguarda com braços abertos.
Que essa esperança seja o alicerce dos nossos dias, o consolo em nossas dores, a razão de nossa perseverança. Que ela brilhe em nossos olhos e transborde em nossa fé. Pois aquele que prometeu é fiel, e nossa esperança jamais será frustrada.
Silvany Luiz